Era uma vez um cuco que vivia na mata perto da casa dos manos, Caetano e Catarina. Chovia muito, porque era inverno, mas o cuco não parava de cantar. De noite, os irmãos não conseguiam dormir, porque ele cantava mesmo empoleirado num ramo da árvore que estava ao pé da janela do seu quarto. Então, eles decidiram que no dia seguinte iriam dar um passeio pela mata e apanhar o cuco cantor.
Pela manhã, lá foram eles... Procuraram, procuraram, olhando para as árvores, para o céu, até que viram o cuco a beber água num pequeno charco.
O Caetano foi devagarinho e apanhou o pássaro. A Catarina abriu a gaiola que levava na mão e o irmão meteu o cuco lá dentro. Levaram-no para casa e colocaram a gaiola na cave escura. Nessa noite o cuco já não cantou e dia após dia, ele ficava cada vez mais triste...
Lá na mata a doninha sentia-se triste e sozinha, pois não ouvia o cantar do seu amigo cuco. Então, ela foi até à casa dos manos, entrou devagarinho pela janela da cave, abriu a porta da gaiola e soltou o cuco. Eles fugiram e foram-se esconder na toca da doninha.
Pela manhã, quando os manos foram dar comida ao cuco, viram que ele tinha fugido. Foram logo a correr para a mata, mas não o encontraram e até pensaram que ele teria sido comido pelo seu gato ou por outro animal da mata.
Eles regressaram tristes a casa e contaram à mãe o que tinham feito... E a mãe disse-lhes:
- Oh, meus filhos, vocês fizeram uma má acção, pois o cuco não é um animal de estimação, ele é selvagem e gosta de cantar e voar em liberdade.
Passados dois meses chegou a Primavera e numa manhã de sol, o Caetano e a Catarina ouviram e viram o cuco a cantar com a doninha ao lado, na árvore que ficava ao pé da janela do seu quarto.
Eles ficaram contentes, pois o passarinho estava livre e feliz.
História aos pedacinhos- 1º ano- Turma A
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